Lovers in Moonlight |
Anna: Eu não acredito que você tem essa gravura na sua parede!
William: Você gosta de Chagall?
Anna: Gosto. É assim que o verdadeiro amor deve ser. Flutuando em um céu azul escuro.
William: Com um bode tocando violino.
Anna: Sim - a felicidade não seria felicidade sem um bode tocando violino.
La Mariée |
Imagino que quando o autor falou que “Haverá sempre crianças que amarão a pureza, apesar do inferno criado pelos homens”, era essa a mensagem que gostaria de passar. Uma visão quixotesca de que apesar das mazelas do mundo ainda é permitido sonhar de vez em quando. Nascido em uma família judia, Chagall trouxe para as suas obras os momentos cruciais na vida de um devoto dessa religião. Aliás, indo mais além, momentos chave na vida de qualquer pessoa. Pintou o nascimento, o casamento e a morte. Em todas essas etapas o cenário que dava vida ao sonho era Vitebsk, o vilarejo onde viveu o bielorrusso.
Apesar do sonho, da mágica e dos personagens flutuantes, o trabalho mais desafiador de Chagall foi a séria "A Bíblia". De 1931 a 1939 e de 1952 a 1956, o artista trabalhou em uma série de 105 gravuras que retratavam parte do "livro sagrado". O interessante da série é que, por Chagall ficar no limiar do sobrenatural, os anjos e a presença de Deus parece, digamos, mais próxima da realidade. Já que se está falando de sonho, o impossível, a ideia, conceito e a verdade podem coexistir em tranquilidade.
Desafiador, sim, mas não o mais sincero na minha opinião. Dou o meu voto de quadro mais belo de Chagall para "Autour d'Elle”, que ele pintou como uma belíssima despedida a Bella, que faleceu em 1944. A noiva de suas pinturas agora flutuava distante. Céu, talvez. Mas gosto de pensar que Chagall eternizou Bella em um lindo devaneio de cor azul.
Apesar do sonho, da mágica e dos personagens flutuantes, o trabalho mais desafiador de Chagall foi a séria "A Bíblia". De 1931 a 1939 e de 1952 a 1956, o artista trabalhou em uma série de 105 gravuras que retratavam parte do "livro sagrado". O interessante da série é que, por Chagall ficar no limiar do sobrenatural, os anjos e a presença de Deus parece, digamos, mais próxima da realidade. Já que se está falando de sonho, o impossível, a ideia, conceito e a verdade podem coexistir em tranquilidade.
Adam and Eve Expelled from Paradise |
Desafiador, sim, mas não o mais sincero na minha opinião. Dou o meu voto de quadro mais belo de Chagall para "Autour d'Elle”, que ele pintou como uma belíssima despedida a Bella, que faleceu em 1944. A noiva de suas pinturas agora flutuava distante. Céu, talvez. Mas gosto de pensar que Chagall eternizou Bella em um lindo devaneio de cor azul.
Autour d'Elle |
Mais Pinturas de Chagall:
Solitude Birthday Calvário The Lovers Song of Songs IV |