Apesar de John Tenniel ter sido o ilustrador da primeira e consagrada edição de "Alice in Wonderland" (1865), Rackman trouxe uma espécie de visão romântica para a menina. Publicada em 1907, a edição com ilustrações do desenhista britânico sofreu duras críticas dos fãs, que alegaram que um universo como o de Alice não deveria ser modificado.
Alice, por John Tenniel |
Intitulada “A Alice de Tenniel reina suprema” — que presunção — a charge mostra a menina indagando ao chapeleiro quem eram as criaturas engraçadas que chegavam para o desaniversário. Quando as tais "criaturas", que na verdade eram as novas Alices de Rackham, se aproximam, a Alice de Tenniel exclama espantada: — "Curioso, cada vez mais curioso" (frase famosa do livro de Carrol).
Mesmo com os deboches, o ilustrador respeitava Tenniel e conseguiu oferecer a Alice o que Tenniel só alcançou no papel: vida. O ilustrador deu a protagonista da história um tom de humanidade e também dramatizou os traços tradicionais de seu antecessor. Rackham apurou a imaginação humana e deu para as crianças e adultos de várias gerações, o País das Maravilhas como conhecemos — ou sonhamos — hoje.
Algumas ilustrações do livro (não necessariamente em ordem de acontecimentos):
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