Técnica, paixão, dom, que seja, existem vários fatores que auxiliam na hora de tirar uma "boa" fotografia. Não sou profissional, apenas mais uma amadora apaixonada por momentos congelados em um pedaço de papel fotográfico. Mesmo assim, posso dizer e digo quando acho que uma fotografia é bela. Este mesmo adjetivo surgiu em minha cabeça quando vi uma das imagens de Amy Hildebrand.
As fotos da norte-americana impressionam e deixam qualquer um boquiaberto. Mas, o detalhe que reside por de trás da singularidade das imagens de Amy é uma anomalia genética muito rara: o albinismo. Por conta desta anomalia, que atinge inclusive os olhos, Hildebrand nasceu cega. Após uma operação ainda na adolencência, Amy recuperou parte da sua visão, aproximadamente 20%, e, mesmo enxergando apenas algumas formas, cores e sombras, ela tomou uma decisão: tornar-se fotógrafa.
Amy tem tanta paixão pela atividade que iniciou o projeto "White Little Sound", em que ela precisa tirar 1000 fotografias dentro de um período de 1000 dias a partir da primeira imagem. Para a norte-americana, o albinismo não a define, ele é só mais um aspecto: "Eu sou uma pessoa com albinismo, mas eu também sou uma fotógrafa,
esposa, mãe e artista", diz ela.
Não é a primeira vez que as pessoas conhecem o mundo pelos olhos de um "cego". A canadense Tara
Miller tem apenas 10% da visão por conta de um glaucoma. A doença não a impediu de vencer o concurso nacional de fotografia
do Canadian National Institute. Miller conseguiu o prêmio pela imagem intitulada“Crespúsculo Fortuito”, que mostra a chegada de uma forte tempestade sobre um campo de girassóis.