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quinta-feira, 8 de março de 2012

7 mulheres de atitude da literatura

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Nascer mulher ainda é sinônimo de resistência. Aprender a usar salto alto, disfarçar o choro com maquiagem e ainda ser doce quando o dia está amargo pode parecer "coisa de mulherzinha", mas atitudes como essas só enaltecem a força do sexo feminino. Sem diminuir o potencial masculino, esta publicação não objetiva a comparação e a sem propósito e já conhecida "Guerra dos Sexos".

Na verdade, a ideia desta postagem é lembrar o Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, 8 de março de 2012. A data foi escolhida em homenagem as 130 operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, que entraram em greve para reivindicar melhores condições de trabalho, mas, que em repressão a manifestação, foram trancadas e queimadas no local.
É verdade que hoje as mulheres alcançaram muitos dos direitos que em outros tempos eram de exclusividade dos homens, porém, no que se refere ao respeito, ainda há muito o que fazer.

No mundo cultural, seja nos livros, no cinema ou no teatro, a imagem feminina está muitas vezes relacionada à donzela, mas erra quem associa o heroísmo romântico à fragilidade. Pensando nisto, não compramos um bolo para celebrar o dia, mas preparamos uma lista das personagens mais fortes da literatura.


1 - Elizabeth Bennet

A protagonista da autora Jane Austen, no livro "Orgulho e Preconceito", vai de encontro à personalidade das mulheres da época, enquanto a maioria "sonha", ou melhor, almeja um casamento, mesmo que por barganha. Elizabeth é uma heroínas as avessas, mas nem tanto. Lizzy, apelido da personagem na obra, não tem uma beleza cativante (não pensemos aqui no filme e nem em Keira Knightley, que interpretou a segunda filha dos bennet para o cinema). Sem se encaixar no estereótipo da mulher ideal, Elizabeth questiona a atitude das mulheres do seu tempo, uma vez que estas precisam cozinhar, tocar piano com destreza e ainda bordar para serem consideradas damas.

2 - Lisbeth Salander

É impossível ignorar Lisbeth dessa lista. A heroína do sueco Stieg Larsson, responsável pela Trilogia Millenium, que está dando o que falar no cinema. A obra de Larsson já teve duas adaptações, a sueca, com Noomi Rapace na pele da heroína "pós punk" e Rooney Mara, que parece ter lido o livro de Larsson muitas vezes para dar essência a fria e vingativa Lisbeth.


3 - Lolita


"Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita." O trecho da "polêmica" obra do russo Vladimir Nabokov explica, em parte, as razões por Lolita estar listada aqui. 12 anos, sensual — com a face mais pura que a sensualidade pode ter e inocente de uma forma perversa, Lolita representa aquela menina-mulher que pode levar homens como o seu padrasto, Humbert, à angustiante insadidade de uma paixão sem freios.

4- Capitu

Porque quando se fala de literatura brasileira e mulher, eu não lembro de Aurélia, muito menos Iracema, mas estala em minha cabeça o nome da menina de olhos de "cigana obliqua e dissimulada", Maria Capitolina Santiago, Capitu, personagem do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis. Traindo ou não Bentinho, Capitu era uma mulher forte, ou é se pensarmos que um livro é sempre presente. À frente do seu tempo e com desejos próprios, a heroína de Assis nasceu com a persuasão nos olhos. A nossa representante cheia de atitude da literatura nacional é a fusão das várias faces que uma mulher pode ter (e acredite, são muitas).


5 - Úrsula Iguaran

Como fã de carteirinha de Gabriel Garcia Marquez, não poderia deixar fora desta seleção alguma das personagens femininas de suas obras. A roleta russa apontou para Úrsula Iguaran, a matriarca da família Buendía, em Cem Anos de Solidão, livro pelo qual o escritor colombiano ganhou o prênio Nobel de literatura. A escolha de Úrsula serve para mostrar que não é preciso ser a frente do seu tempo, como a senhorita Bennet, ou boa de briga como Lisbeth Salander. Úrsula Iguaran é forte como muitas mulheres em ações cotidianas: cuidando do lar, vigiando as crianças, mantendo a paciência com as lourucas de seu marido, Aureliano Buendia, e dando um jeito aqui e ali de ajudar na renda da família.

6- Anna Karenina


Casada, uma mãe que filho nenhum pode colocar defeito, Anna é mulher que vive no mais alto glamour da sociedade e não teria do que reclamar de sua vida, não fosse seu casamento por conveniência, assim como muitos outros da época. De certo a heroína de Tolstoi não contava que se apaixonaria por outra pessoa e abriria mão de tudo para viver ao lado do seu amante. Mais do que uma história de adultério, o livro é uma crítica à aristocracia russa czarista e uma demonstração da força que uma mulher pode ter e o que ela pode deixar para trás quando o amor enaltece a razão.





7 - Elizabeth Gilbert


Elizabeth, de Comer, Rezar e Amar, completou 30 anos e percebeu que tinha tudo e ao mesmo tempo não tinha coisa alguma na vida. A senhoria Gilbert é o retrato de uma mulher moderna, ambiciosa e com uma carreira de sucesso, mas, por outro lado sem a desejada e utópica felicidade. Por conta disto, decide por fim em seu casamento e se envolve com um ator bem mais jovem, mas vê que também não dará certo e resolve fazer as coisas que sempre quis. E no meio disto faz amigos, aprende italiano, aumenta uns quilinhos (sem culpa), aprende a meditar, ajuda novos conhecidos e faz um novo e tranquilo amor.

2 comentários to “ 7 mulheres de atitude da literatura ”

  • 9 de março de 2012 às 00:13

    Adorei esse post!

  • 11 de março de 2012 às 15:45

    Valeu, Marlo! ;D Se puder, divulgue na página do Gato branco ;D

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