Antes mesmo de chegar à Broadway, o texto, do inglês Peter Quilter, adaptado por Charles Möeller e Claudio Botelho, ganhou os palcos do Brasil. Na última sexta-feira, 16, o Lupa Cultural assistiu ao musical Judy Garland – O Fim do Arco-Íris e se surpreendeu. Longe de ser uma biografia cansativa, o espetáculo mostra flagras da última turnê da eterna Dorothy de “O mágico de Oz”, que é até hoje uma das personagens mais lembradas do teatro e do cinema norte-americano. Ambientada entre um quarto de hotel e o show, o espetáculo expõe em todos os momentos os medos, traumas e principalmente os vícios, que levaram Judy a uma morte precoce.
Um dos pontos altos da produção fica por conta de Francisco Cuoco, no momento em que revela os músicos para a plateia. A forma como a banda surge na cena deixou todos em silêncio. Ao termino de uma cena, Cuoco, de costas para o público, começa a contagem que faz a rotunda (plano de fundo) se erguer, as luzes que contornam o palco se acedem e a banda é revelada, assim começa o show de Judy. Entre as músicas cantadas estão: “For once in my life”, “That’s entertainment”, “How Insensitive” e a clássica “Over the rainbow”
A voz de Claudia Netto impressionou, além de sua belíssima atuação, pois realmente víamos Judy no palco em todos os momentos. Nos instantes de tristeza da personagem o silêncio era profundo no teatro, pois todos de alguma forma queriam poder ajudá-la.
Francisco Cuoco é dono de uma presença imponente no palco e uma atuação inquestionável, conseguiu arrancar belas risadas da plateia com seu pianista afeminado.
O palco contou também com a presença de Igor Rickli, um ator não tão conhecido do público, mas que cada vez mais prova não ser apenas mais um rostinho bonito.
Aplaudidos de pé, merecidamente, por um teatro lotado e encantado. Fica a dica para essa sexta feira ou para o final de semana, últimos dias em que estarão em cartaz no Rio de Janeiro, no Teatro Fashion Mall. Mais informações: http://bit.ly/oPsC2K