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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Chernobyl 26 anos: arte urbana na cidade fantasma

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26 anos após o desastre que atingiu Chernobyl, na Ucrânia, ocorrido depois de uma explosão no reator central da usina nuclear da cidade, que liberou uma grande quantidade de radioatividade, a cidade fantasma não parece estar completamente morta.

O lugar  que, apesar de inabitado devido a alta concentração de radiação,  recebe visitas de turistas. Alex Cheban, fotógrafo ucraniano, esteve na cidade Pripyat — vizinha a usina — e registrou  Chernobyl de um outro ângulo: da arte urbana do Grafite.

Apesar do vazio e do tom assustador que a Chernobyl reserva, nas fotografias de Cheban a cidade parece ganhar vida com os desenhos. 

Quem estiver interessado (como eu) em visitar a zona de exclusão, como também é chamada Pripyat, a agência InterInForm leva até o local do desastre.







Veja mais imagens no livejournal de Cheban





sábado, 14 de abril de 2012

Graphic novel: Três sombras, de Cyril Pedrosa

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Lá estou eu, domingo à noite, sem nenhuma perspectiva de acabar satisfatoriamente o final de semana. Não estou com vontade de sair; não estou com vontade de ouvir música; não estou com vontade de ler sequer.

Então, dando uma olhada sem compromisso na coleção de livros do meu irmão, eis que acabo encontrando um volume que me desperta o interesse. Encontrar alguma coisa que me desperte o interesse no domingo à noite é algo digno de nota.

A obra chama-se Três sombras (Trois ombres, 2007), uma graphic novel roteirizada e desenhada pelo francês Cyril Pedrosa, um cara que inclusive já trabalhou nos estúdios da Disney, em filmes como Hércules e O corcunda de Notre-Dame.

Pra quem não tinha nada para fazer na hora, como eu, esse foi um achado e tanto.



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Sinopse: Joachim e seus pais levam uma vida tranquila em uma pequena casa no campo. A aparição de três sombras no alto de uma colina, no entanto, corrói a harmonia da vida em família e enche os pais de dúvidas. Seriam viajantes? Por que estão rondando a casa? A cada tentativa de aproximação, as figuras misteriosas desaparecem. Logo, eles percebem que as sombras estão ali para buscar Joachim.

Recusando-se a aceitar esse fato, o pai foge com o filho em uma viagem febril e desesperada, sempre com as sinistras sombras em seu encalço. Joachim deixa assim seu mundo idílico pela primeira vez para viajar por terras hostis em um navio precário, onde conhecerá um mundo cercado de adultos trapaceiros e imorais.

Romance de aventura com contornos épicos, Três sombras explora sutilmente questões de ordem filosófica e moral.

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Embora admire muitíssimo o trabalho nas graphic novels, eu não tenho o costume de lê-las. Na verdade, são poucos os álbuns que realmente me chamam a atenção. Admiro mais o aspecto técnico deles: a arte em si, a dedicação do autor em montar quadro por quadro, o fio da narrativa que perpassa todas as linhas do nanquim. Mas encontrar uma graphic novel com uma história que me faça lê-la de cabo a rabo é coisa muito rara.

Com Três sombras foi diferente. Dei uma folheada rápida no volume, vi o desenho cativante, vi algumas cenas que me chamaram a atenção e – finalmente – li a sinopse que me deixou curioso. Cheguei à página final em nada mais que dois dias, antes de devolver o livro pesado à prateleira do meu irmão.

Logo nas primeiras páginas, somos cativados pelos personagens que vão sendo apresentados. Eles se resumem basicamente a Joachim e seus pais, embora depois vá aparecendo uma dezena de personagens secundários, tão interessantes quanto os protagonistas. É o caso da velha Suzette, cuja aparição é rápida, porém precisa; do sinistro Manfred, traficante de escravos, e do estranho velhinho que faz uma oferta bizarra ao pai de Joachim. São esses personagens secundários que fazem todo o diferencial na história.

Quando começamos a lê-la, não demora muito para percebemos que a obra não trata necessariamente de algo tangível, mas de uma metáfora, uma alegoria, cuidadosamente talhada por Pedrosa. A morte no formato das três sombras e outros aspectos do enredo deixam esse viés alegórico muito claro. No mais, de uma maneira geral, o autor segue a linha pós-moderna de arte, na qual o verdadeiro significado das metáforas é construído pelo próprio leitor.

Adorei entrar em contato com essa graphic novel. Portanto, fica a minha dica: uma bela obra de arte. Que pode ser lida em um dia mesmo, no máximo dois. Experimentem.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Até Onde a Vista Alcança, em São Paulo

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O espetáculo Até Onde a Vista Alcança, escrito pelo ator e dramaturgo Reinaldo Santiago e dirigido por Jair Aguiar, será estreado no Teatro Coletivo em São Paulo, nesta quarta-feira (11). Repleta de cantigas regionais, a peça relata as relações humanas no interior da capital paulista nos anos de 1930, tendo como pano de fundo a ligação entre os familiares e a simplicidade dos peões daquela época.


A atriz ribeirãopretana Camilla Flores é convidada especial do espetáculo justamente por ter um forte laço com a personagem que interpreta, a caipira Guilhermina. Tendo vivido em Ribeirão até os 13 anos, Camilla conta que morava no campo com seus pais: “Assim como a Guema, eu fui criada na rua e subia muito em árvores, vivia de pé no chão, ia pescar com meu pai e era muito próxima à minha família. Um dos pontos fortes do espetáculo é a abordagem sobre essa proximidade entre os familiares.”

Até Onde a Vista Alcança retrata a família de Marcília Rosário, esposa do autor Reinaldo Santiago, relatando a vida real dos peões do interior do Estado de São Paulo. Assim como esses homens, os pais da atriz Camilla Flores eram pessoas simples e vieram do Paraná para tentar novas oportunidades: “Meu pai e meu avô não foram pra São Paulo por medo de cidade grande. Lá ninguém se conhece e, na época, Ribeirão não era o que é hoje e todos sabiam da vida dos outros, então se identificaram com a cidade.”

O diretor Jair Aguiar já havia comandado outra peça que remetia à vida no campo, o espetáculo Lugar Onde Peixe Para. Aguiar ainda afirma ter lido uma adaptação da peça de Santiago em 1987 e jamais tê-la esquecido: “Apesar de ser um homem inteiramente urbano, sempre que posso enceno trabalhos que remetem a essa simplicidade”.


A peça permanecerá em exibição no período de 11 de abril a 10 de maio no Teatro Coletivo de São Paulo. O valor dos ingressos varia de 20 a 40 reais. O espetáculo é recomendado para maiores de 12 anos.

Foto: Sergio Massa


quinta-feira, 5 de abril de 2012

1000 fotos, 1000 dias e os olhos cegos de Amy Hildebrand

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Técnica, paixão, dom, que seja, existem vários fatores que auxiliam na hora de tirar uma "boa" fotografia. Não sou profissional, apenas mais uma amadora apaixonada por momentos congelados em um pedaço de papel fotográfico. Mesmo assim, posso dizer e digo quando acho que uma fotografia é bela. Este mesmo adjetivo surgiu em minha cabeça quando vi uma das imagens de Amy Hildebrand.

As fotos da norte-americana impressionam e deixam qualquer um boquiaberto. Mas, o detalhe que reside por de trás da singularidade das imagens de Amy é  uma anomalia genética muito rara: o albinismo. Por conta desta anomalia, que atinge inclusive os olhos, Hildebrand nasceu cega.  Após uma operação ainda na adolencência, Amy recuperou parte da sua visão, aproximadamente 20%, e, mesmo enxergando apenas algumas formas, cores e sombras, ela tomou uma decisão: tornar-se fotógrafa.

Amy tem tanta paixão pela atividade que iniciou o projeto "White Little Sound", em que ela precisa tirar 1000 fotografias dentro de um período de 1000 dias a partir da primeira imagem. Para a norte-americana, o albinismo não a define, ele é só mais um aspecto: "Eu sou uma pessoa com albinismo, mas eu também sou uma fotógrafa, esposa, mãe e artista", diz ela.
Não é a primeira vez que as pessoas conhecem o mundo pelos olhos de um "cego". A canadense Tara Miller tem apenas 10% da visão por conta de um glaucoma. A doença não a impediu de vencer o concurso nacional de fotografia do Canadian National Institute. Miller conseguiu o prêmio pela imagem intitulada“Crespúsculo Fortuito”, que mostra a chegada de uma forte tempestade sobre um campo de girassóis.


Confira aqui algumas das imagens de Amy:








Clique aqui para ver mais fotos de Amy



quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cultura por um clique

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Houve um tempo em que visitar museus era o passeio de final de semana das famílias, mas hoje em dia com a correria cotidiana e o curto tempo que todos têm, as visitas aos museus, na maioria das vezes, ficaram a cargo dos passeios escolares. Ir a um Museu é conhecer a história, viver os momentos, por meio dos acervos expostos. Só o Brasil possui mais de 3.000 museus. Quantos você já visitou? 

Pensando na diminuição das visitas, e que conhecer é necessário, os museus estão digitalizando seus acervos e disponibilizando visitas virtuais. Assim é possível visitar a qualquer hora, qualquer dia e, o principal , de qualquer lugar. Dessa forma pode-se conhecer o repertório de todos os museus, inclusive os internacionais, sem sair de casa através de um clique. O Lupa Cultural selecionou cinco museus que possibilitam visitas virtuais:







Sempre que puder visite pessoalmente, mesmo que na “Era Digital” ter contato pessoal é o mais legal!

 

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